quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Democracia: O conceito de Democracia definido por Schumpeter.





Contador Grátis


Este texto analisa a teoria de Schumpeter sobre a democracia, assim como, um choque entre sua concepção de democracia e a teoria clássica, analisando o funcionamento da mesma na sua visão e teoria, mostrando as implicações e possibilidades da democracia dentro da atual sociedade, identificando quais dos conceitos podem ser aplicados dentro das novas realidades sociais e políticas que estão sendo apresentadas nesses novos tempos.
Hoje, dentro das ciências sociais e das ciências políticas, discuti-se muito a questão em torno da democracia. Ou seja, questões são levantadas sobre quanto um país pode ou não ser considerado democrático e se existe uma forma pura de democracia. Nesta expectativa, democracia é o governo de todos para todos. Para Schumpeter a democracia é consolidada pela busca institucional onde cada indivíduo, através do voto, busca maneiras de impor suas normas perante os demais atores. Onde cada cidadão escolhe seu representante através do voto, e a este, cabe o papel de representar os desejos dos seus votantes ou da maioria, se for o caso.
O surgimento da teoria de Schumpeter nasce a partir de uma crítica a teoria clássica, pois para ele não havia como aplicar conceitos passados na atual conjuntura moderna. A teoria da democracia havia nascido em tempos em que a sociedade encontrava-se em constante mudança e suas estruturas estavam apenas no começo, ou seja, necessitava-se de uma teoria que desse conta das preocupações e oportunidades do indivíduo. Portanto, a teoria da democracia clássica surgia da necessidade das pessoas em encontrar uma resposta para seu lugar dentro da sociedade que está em amplo desenvolvimento.
Schumpeter determina por que é impossível à aplicação do conceito de bem comum. Argumenta não existir o mesmo, já que o bem comum de um indivíduo, normalmente é diferente do outro, por tanto, para que tal teoria fosse concretizada deveria haver a existência de um bem aceito e desejado por todos.
Para Schumpeter o povo não participa das decisões políticas na hora que são tomadas as resoluções, suas opiniões e desejos não são levados em conta, pois o que conta nessas horas, são as aspirações das classes políticas e das classes que estão no poder, onde começa o rompimento com a teoria clássica da democracia, havendo, portanto, um novo modelo de embate dentro das ciências sócias e políticas, mas para o autor fica claro a maneira como a sociedade e os cidadãos têm aspirações individuais.
Schumpeter descreve a democracia como um instrumento político, onde todos escolhem alguns poucos para serem seus representantes. Por isto, seria a maneira dos indivíduos comuns expressarem sua opinião e terem suas idéias representadas pelos especialistas. Nesta concepção, estes especialistas é que fariam à verdadeira política e tomariam as decisões cabíveis e isso seria a maneira como estes obteriam o apoio e a confiança dos cidadãos. Essas etapas servem para confirmar e validar a tomada de poder por parte desta elite política e acredita que a democracia só tem capacidade de suportar um mínimo de liberdade de escolha nas mãos do povo e que tem por função legitimar os indivíduos que assumem o poder. Somente as pessoas altamente especializadas na política e que levam consigo partido político é que conseguem almejar e alcançar o poder.
Schumpeter acredita que a democracia é participativa, mas em momento algum, o povo tem o poder nas mãos, ele é apenas manipulado pelos especialistas políticos, que se servem do processo democrático para concretizar suas propostas e objetivos.
Portanto, conclui-se que a teoria de democracia aplicada por Schumpeter, tem um grande fundo de verdade, mas que não pode ser levada a cabo nas atuais circunstâncias. A sociedade, devido ao grande nível tecnológico e por conseqüência, alta capacidade de receber informações, necessita e exige processos onde ela se sinta representada, e por sua vez, vendo seus direitos e desejos atendidos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário